Esquizofrenia - Uma realidade paralela concebida para fuga

   O que é real ? O que é faz nossas percepções sensoriais das coisas serem reais ?

   Você sabia que nosso córtex cerebral faz cerca de 0.15 quadrilhões sinapses por segundo? E que tudo isso é utilizado para processar as informações que recebemos por intermédio dos nossos 5 sentidos
   Imagine só, uma pessoa, que tem um pequeno problema no cérebro, em que seu cérebro não consegue processar corretamente todas as informações necessárias, por exemplo, para entender que um beijo, é realmente um beijo.
   E então, para isso, o cérebro cria uma "realidade paralela" Na qual as informações são pré-concebidas pelo cérebro e a quantidade de sinapses necessária para processá-las é bem menor.




   Essas pessoas, são esquizofrênicas. E sofrem muito com isso. E como se não fosse o suficiente, também sofrem com preconceito. Foi então que conheci o Julio e toda sua história. Um cara esquizofrênico que decidiu dar a cara a tapa e sair pelo Brasil mostrando como é ser esquizofrênico. 
   Chamado de "louco" nas ruas, sendo tratado como receptáculo do demônio por igrejas em vários lugares, hostilizado por parentes e o pior: Tendo ajuda negada por parte dos hosptais públicos...

   
Esquizofrenia, é considerada um tipo de sofrimento psíquico gravíssimo, que tem como característica a alteração no contato com a realidade. É como se o cérebro humano fosse dividido em dois. Processando muitas informações ao mesmo tempo. entrando em colapso em 70% dos casos.
   O índice de suicídio entre esquizofrênicos é duas vezes maior do que o mesmo índice em pessoas consideradas "normais". E 65% dos esquizofrênicos saem de casa sem avisar e não voltam nunca mais.


   Cheguei a assistir uma entrevista no "Programa do Jô" com o diretor do maior órgão de pesquisas de patologias psíquicas, e disse que em geral, esquizofrênicos, possuem inteligência, ou capacidade de raciocínio lógico inferior a pessoas consideradas "normais".  
   Mas isso ocorre isoladamente, assim como o caso de John Nash, que era esquizofrênico e simplesmente ganhou o prêmio Nobel de Ciências Contábeis e criou e desenvolveu o Equilíbrio de Nash.

John Nash, vencedor do prêmio Nobel de Ciêncas Contábeis
   E o que podemos ver é que o cérebro humano é extremamente complexo. E simplesmente não damos o devido valor ao poder que temos. Conversando com Julio, percebi que ele era uma pessoa normal. E mesmo com surtos, medicamentos e todas as dificuldades, seu sorriso estava sempre radiante, e em nenhum momento surgiu sequer uma lamentação, ou um arrependimento, por nada.

   Assim como no caso da garota Carly, autista. O caso de Julio, e de tantos outros que compõem 1% da população global, nos mostra que temos um poder muito grande conosco. E que exercitar um poder é a única forma de aumentá-lo.

   Portanto, quando você estiver se lamentando, por algo que não consegue fazer. Ou quando se deparar com uma dificuldade, ou uma questão qualquer, por mais complexa que seja, lembre-se que somos todos hastes equilibradas por uma força que não podemos controlar. Somos resultado do equilíbrio perfeito de algo que mal começou a ser estudado. E que somos todos esquizofrênicos, autistas, paranóicos e surreais. Porque querendo ou não, a perfeição não é atingida olhando-se no espelho. Cientista nenhum consegue estudar o cérebro utilizando-se de um.

   Você é mais do que você mesmo. E assim, nos tornamos perfeitos, ainda com tantos defeitos. Que possamos aprender com essas pessoas (esquizofrênicos, autistas e “paranóicos”) a enxergar nossos pequenos atos diários como lutas, e então perceber o quanto somos vitoriosos e nem sequer sabemos.






2 comentários:

  1. Muito bom o texto! Se encaixou bem com a mensagem que vc passou lá no texto sobre a Carly !

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  2. Legal. Mentir é esquizofrenia, certo?

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