Meu nome é Carl, vivo em uma cidade
pequena, daquelas em que todos querem ser diferentes um do outro,
porém a diferença maior em tudo isso é ser comum. Um espetacular
homem comum.
Meus pais estão juntos até hoje.
Tenho uma família feliz. Vivo bem e meus gostos são simples. Meu
minimalismo está presente até mesmo na forma de falar, nas músicas
que escuto, nos filmes que vejo, nas garotas que amo...
Ah, as garotas que amo... Minha
primeira desilusão amorosa veio junto com um crescimento pessoal tão
grande que de certa forma, foi a melhor coisa que já me aconteceu. E
que inclusive vai me levar até a próxima desilusão, com data
marcada.
Hoje, já quase um homem... Aos 18
anos, me deparei com uma situação a qual eu não consigo lidar: Um
amor com fim determinado.
Nunca experimentei nenhum tipo de
droga, que tivesse o mesmo efeito que estar perdidamente apaixonado
por alguém. Por isso, hoje... Sou Totem. Minha vida é um Totem.
Sinto vontade de fazer coisas que normalmente não fazia, como por
exemplo, acordar de manhã cedo, fazer torradas e observar o sol
nascer, imaginando como seria se você estivesse ali do meu lado.
Estou feliz por isso e não tenho medo algum de admitir isso.
E é tudo culpa dela, Katherine. Que é
tão simples e tão pequena, que dá vontade de abrir uma caixinha e
colocá-la lá. Pra ficar dentro do meu bolso, sempre.
Mas isso é muito egoísmo. E então
você percebe que está perdidamente apaixonado E vê que sua vida
acaba se tornando um Tabu. Profano por não poder continuar como
deveria, e como mereceria.
Percebi que dali a poucos dias algo vai
acontecer e vai me deixar 4 076,81639 milhas de distância de
Katherine. E tudo isso por 365 dias.
Eu tentei não pensar nisso, tentei não imaginar como seria me despedir de alguém que em tão pouco tempo conseguiu conquistar todo meu afeto. E que talvez nem se lembrasse da minha existência daqui há um mês.
Mas a verdade... E o problema... é que eu amo. Amo a Katherine e tudo que envolve seu nome.
~ Palavras de um amante compulsivo.
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